Odebrecht e Teekay Batizam FPSO Pioneiro de Libra


Primeira unidade de produção para a área deve deixar Singapura entre o fim de fevereiro e o início de março

O consórcio Odebrecht/Teekay realizou nesta sexta-feira (2/12) o batismo do FPSO Pioneiro de Libra, unidade de produção que ficará responsável pela campanha de testes de longa duração no bloco de Libra, no cluster do pré-sal da Bacia de Santos. A cerimônia ocorreu em Singapura, no estaleiro Jurong, onde a unidade está com 92% da conversão concluída. A previsão é que o primeiro óleo seja produzido no fim de junho.

O consórcio Odebrecht/Teekay investiu cerca de US$ 1 bilhão na conversão, sendo cerca de 80% desse valor financiado por bancos privados. O plano é que a unidade deixe o estaleiro entre o fim de fevereiro e o início de março. O FPSO Pioneiro de Libra seguirá para a locação por propulsão própria, com tempo de viagem estimado em cerca de 60 dias. O Ibama já emitiu a licença prévia para a unidade de produção. 

A cerimônia de batismo contou com a presença de executivos da Petrobras, da Odebrecht, Teekay, Jurong e de empresas parceiras do projeto, como a GE, Technip e LMC, sendo realizada exatamente três anos depois da assinatura do contrato de partilha de Libra. Também estiveram presentes representantes de algumas das sócias da Petrobras no consórcio de Libra, formado também pela Shell, Total, CNPC e CNOOC.

Durante o evento, tanto o diretor de Serviços Integrados da Odebrecht Óleo & Gás, Jorge Mitidieri, quanto o presidente da Teekay Offshore Production, Chris Brett, destacaram a importância do trabalho feito em equipe pelo grupo, a Petrobras seus parceiros e todos os fornecedores envolvidos na conversão.

“O FPSO Pioneiro de Libra representa um marco para nós e para a produção de petróleo no Brasil. Fizemos um trabalho de parceria incrível, que resultou em um time que sabe exatamente o que fazer”, afirmou Mitidieri.

Ao todo, foram instalados 12 módulos, todos construídos pelo Jurong. O FPSO Pioneiro de Libra será operado por uma equipe de 60 pessoas, sendo que em meados de janeiro o consórcio Odebrecht/ Teekay mobilizará parte da equipe para começar a trabalhar a bordo, ainda durante a fase de finalização do comissionamento.

Com capacidade para produzir 50 mil b/d de óleo e comprimir 4 milhões de m3/d de gás, a plataforma testará a área Noroeste do ativo, ficando interligada nesta primeira fase a dois poços, sendo um produtor, o RJS-739, e outro injetor, o RJS-742, que está sendo completado no momento. Ao contrário dos demais TLDs da Petrobras, o FPSO Pioneiro de Libra será o primeiro a ter injeção de gás.

As projeções, segundo Fernando Borges, gerente-executivo de Libra, são de que possam ser reinjetados, diariamente, cerca de 2,5 milhões de m3/dia de gás no reservatório do O sistema deverá produzir um volume de cerca de 50 mil b/d de óleo.

O TLD inaugural auxiliará à Petrobras a definir a locação dos poços do primeiro sistema definitivo de Libra, programado para entrar em operação no fim de 2020. O sistema terá um total de 17 poços, sendo oito produtores e nove injetores, que ficarão interligados a um FPSO com capacidade para produzir 180 mil b/d, atualmente em processo de licitação e alvo de uma negociação de waiver com a ANP. 

Afretado pelo prazo 12 anos, o FPSO Pioneiro Libra executará, pelo menos, outros dois TLDs, todos na área Noroeste do ativo. A previsão é de a segunda campanha de teste seja iniciada no segundo semestre de 2018. Na média, a expectativa é de que os TLDs de Libra produzam cerca de 40 mil b/d e fiquem em operação por cerca de um ano cada.